Bem-estar e Felicidade no Trabalho: Um passo determinante para o sucesso das Organizações

20/03/24

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O mundo corporativo atual tem passado por diversas transformações significativas, onde a felicidade e bem-estar no trabalho têm vindo a ganhar destaque. São, de facto, temas que têm conquistado, cada vez mais, espaço nas agendas estratégicas das Organizações, onde a implementação das melhores práticas de capital humano neste sentido tem-se tornado uma prioridade chave.

O foco no desenvolvimento e implementação de iniciativas de felicidade e bem-estar, no contexto do trabalho, melhora não só a qualidade de vida das pessoas, como também, assume especial relevância na produtividade, resultados e, consequente, sucesso global das Organizações.

Nos últimos anos, os líderes das Organizações têm vindo a enfrentar um vasto conjunto de perturbações, tais como a subida da inflação, as consequências da pandemia COVID-19 e as crises geopolíticas e sociais – todas elas com consequências profundas para a força de trabalho, para o bem-estar dos colaboradores e para a estratégia das Organizações.

Neste sentido, e como forma de dar resposta aos desafios sociais e económicos globais, 52% dos CEO afirmam que, atualmente, as suas empresas já iniciaram a implementação de medidas de contenção de custos, enquanto tentam reinventar os seus negócios (PwC’s 26th Annual Global CEO Survey) e cerca de 80% dos Chief Human Resources Officers implementaram medidas para reduzir as suas equipas, incluindo reformas antecipadas voluntárias e até despedimentos (PwC’s Pulse Survey).

Efetivamente, todas estas transformações organizacionais e pressões económicas, além de prejudicarem o bem-estar emocional e físico dos colaboradores, afetam também o seu bem-estar financeiro. De acordo com o estudo realizado pela PwC (PwC's 2023 Employee Financial Wellness Survey), 57% dos colaboradores inquiridos afirmam que as questões financeiras são a principal causa de stress nas suas vidas e, como consequência, afetam negativamente as restantes dimensões da saúde e bem-estar dos colaboradores, desde a saúde mental até ao sono e autoestima.
 

Quais as principais dimensões do Bem-estar dos colaboradores que as Organizações precisam conhecer?

As Organizações enfrentam tempos difíceis e desafiantes, onde a incerteza e a necessidade constante de adaptação são uma verdade incontornável na realidade atual. Conscientes de que, cada colaborador é um pilar fundamental no organismo de uma empresa, importa olharmos, em detalhe, para as seis principais dimensões que impactam diretamente na felicidade e bem-estar dos colaboradores, designadamente:

 


1.
 Emocional
O bem-estar emocional é a dimensão que engloba cuidados com os aspectos psicológicos para que as pessoas consigam adaptar-se às mudanças, contornar obstáculos e gerir as suas próprias emoções. As emoções ocupam um papel essencial na vida profissional e, por isso, preservar o bem-estar emocional leva a uma maior produtividade e, consecutivamente, maior motivação e satisfação com o trabalho.

2. Mental
Referente à saúde mental dos colaboradores, incluindo a capacidade de manter o foco, a clareza de pensamento e o equilíbrio emocional no contexto do trabalho.

3. Espiritual
Constitui uma bússola pessoal e fonte de motivação, inspiração e significado dentro e fora do contexto de trabalho, alinhada com os valores e propósitos individuais. No contexto de trabalho, pode influenciar a produtividade e os resultados obtidos, assim como o nível de realização/frustração.

4. Financeiro
Esta dimensão reflete a segurança financeira, nomeadamente no que diz respeito à satisfação com as componentes remuneratórias e benefícios atribuídos pela Organização, bem como a gestão pessoal que se faz delas.

5. Social
O bem-estar social é a dimensão que engloba os relacionamentos interpessoais, as ligações profissionais e o sentimento de pertença a um grupo ou comunidade, criando impacto naquela em que cada um se insere. Para além das relações pessoais, também a network profissional contribui, significativamente, para esta dimensão.

6. Físico
É fonte de energia fundamental – alimentada pelo sono, exercício, nutrição e hábitos de renovação. A energia física refere-se não só à condição física e ao corpo, mas também ao espaço que nos rodeia, aos hábitos e práticas diárias. É por isso, uma sinergia de vários fatores que, em conjunto, influenciam intrinsecamente a saúde mental, emocional e espiritual.

Em suma, estas dimensões estão interligadas e influenciam mutuamente o bem-estar geral. As Organizações que investem em estratégias para fomentar cada uma destas dimensões, contribuem para a promoção de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. A PwC possui uma abordagem holística com recomendações de hábitos saudáveis diários que ajudam a alimentar cada uma destas seis dimensões do bem-estar. Poderá consultá-los através do seguinte link Be Well, Work Well.
 

“No matter who you are, the world is a challenging place right now. Organizations can use this opportunity to create a mentally healthy workplace and give their people the support that they deserve.”

Bob Moritz,PwC’s Global Chairman

Porque é importante olharmos para os conceitos de Felicidade e Bem-estar no contexto laboral? Que aspetos impactam diretamente com estes domínios?

Efetivamente, os conceitos de felicidade e bem-estar no local de trabalho têm-se tornado, cada vez mais, relevantes e têm ganho extrema importância no mundo organizacional. A felicidade no trabalho é um fator fundamental que gera o bem-estar organizacional, e está relacionado com a capacidade que as Organizações têm de criar estratégias para proporcionar locais de trabalho onde os seus colaboradores se sintam motivados e inspirados a alcançar os seus objetivos pessoais e profissionais e a contribuir para o sucesso organizacional. Os colaboradores, inseridos em Organizações que fomentam este tipo de estratégias, são mais criativos e possuem uma maior motivação para desencadear mudanças positivas, focando-se na resolução de problemas e tornando-se agentes e promotores de mudanças.

Também os líderes das Organizações desempenham um papel fulcral nestes âmbitos, sendo essencial incentivarem um ambiente que promova a colaboração, a cooperação, o trabalho de equipa e o sentido de compromisso de todos para com a visão e a missão das empresas.

Através de um estudo realizado pela PwC (PwC’s Well-being Learning Project), é possível concluir que uma liderança inclusiva e o trabalho de equipa permitem que o bem-estar prospere. O estudo revela que o bem-estar individual é promovido por um conjunto de fatores tais como a:

1. A inclusão na equipa, através da criação de um ambiente de trabalho onde todos os colaboradores se sintam valorizados, respeitados e aceites como elementos únicos na sua equipa;

2. As características do trabalho, através do reconhecimento da importância do trabalho desenvolvido pelos colaboradores e ao feedback regular e contínuo que recebem dos seus líderes;

3. O civismo, promovendo comportamentos respeitosos adotados entre todos os membros de uma equipa, e por fim;

4. O clima para o bem-estar estabelecido e proporcionado pela liderança e gestores das Organizações.

Efetivamente, os resultados deste estudo apoiam uma nova equação crítica de bem-estar no local de trabalho: quando as práticas organizacionais de bem-estar são combinadas com o compromisso individual dos colaboradores em abraçar comportamentos e atitudes saudáveis, há, de facto, um impacto positivo mensurável não apenas nos colaboradores, como também, nas equipas, nas relações com os clientes, nos resultados e no sucesso organizacional em geral.

Neste sentido, num mundo instável, onde a felicidade e o bem-estar têm vindo a distinguir-se como objetivos primordiais, as Organizações estão, cada vez mais, focadas em investir em atividades que visem a melhoria da qualidade de vida dos seus colaboradores através da adoção de hábitos e atitudes saudáveis, e o seu compromisso, com vista a continuarem a alcançar os resultados desejados.
 

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Como podem as Organizações contribuir para a Felicidade e o Bem-estar dos seus colaboradores?

De acordo com os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes a 2022, estima-se um acréscimo do Índice de Bem-estar (IBE) da população portuguesa relativamente ao ano anterior, revelando um período de crescimento contínuo a partir de 2012 e interrompido em 2020, muito marcado pela pandemia COVID-19, onde se verificou um decréscimo. Importa referir que, o IBE reflete, de acordo com o INE, a evolução do bem-estar da população recorrendo a índices traduzidos em duas perspetivas de análise: as condições materiais e a qualidade de vida.

De acordo com o INE, os fatores relacionados à qualidade de vida, tais como, a capacidade de conciliação entre o tempo dedicado ao trabalho e a outras vertentes da vida pessoal, nomeadamente a família, amigos ou o lazer em geral, é um importante fator de caracterização do bem-estar, sendo estes, os mais impactados negativamente ao longo da última década, revelando que existe, ainda, um longo caminho a percorrer.

De facto, para que a felicidade e o bem-estar no trabalho sejam encarados como uma realidade, é essencial que as Organizações priorizem a criação de um ambiente de trabalho favorável e que reconheçam e valorizem o trabalho desenvolvido pelos seus colaboradores. A oferta de benefícios que promovam o work-life balance e a criação de programas específicos de desenvolvimento pessoal e profissional, são algumas das estratégias cruciais para fomentar a satisfação, felicidade e bem-estar dos colaboradores.

É, portanto, uma condição win-win, em que as Organizações ganham se, efetivamente, proporcionarem as condições necessárias para fomentar a existência de colaboradores felizes e motivados, trazendo com isso, benefícios valiosos para as mesmas, tais como, por exemplo o aumento da produtividade, retenção de talento, menores índices de absentismo, maior engagement, menores índices de turnover e estratégias eficazes de employer branding.
 


São inúmeras as iniciativas onde as Organizações desempenham um papel preponderante na felicidade e no bem-estar dos seus colaboradores, pelo que destacamos algumas delas:

Os colaboradores demonstram interesse e apostam em empresas que permitam conciliar a vida profissional com a vida pessoal, sendo esta flexibilidade, considerada fundamental para o seu bem-estar. No mundo atual, são cada vez mais as organizações que priorizam a flexibilidade de horários, a redução das horas de trabalho semanais, o modelo de trabalho remoto, o modelo de trabalho híbrido e a autonomia atribuída aos colaboradores para efetuarem a gestão do seu próprio tempo. Para além das questões relacionadas com a flexibilidade de horários, as Organizações podem, igualmente, incentivar a implementação de práticas que promovam este equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, tais como, programas de bem-estar físico e mental, programas de cuidados de saúde, entre outros. Como resultado, empresas que adotam estas estratégias, têm vindo a aumentar, significativamente, a sua produtividade.

Como vimos anteriormente, o ambiente de trabalho que nos rodeia influencia, de forma considerável, o nosso bem-estar. As empresas que fomentam a criação de bons ambientes de trabalho terão, como consequência, colaboradores felizes e motivados. Um ambiente de trabalho positivo pode ser proporcionado através da implementação de ações de teambuilding, staff day, convívios, festas temáticas, entre outros. Também os espaços de trabalho contribuem, em larga escala, para um impacto positivo no bem-estar dos colaboradores, tais como, espaços de trabalho iluminados e organizados e áreas de descanso e de interação social.

A promoção de ações que contribuam para o desenvolvimento contínuo, tanto pessoal como profissional dos colaboradores, irá possibilitar o aperfeiçoamento constante das suas competências, habilidades e conhecimentos e irá fomentar a sua confiança e o seu crescimento. Torna-se essencial que as Organizações apostem no crescimento dos seus colaboradores, através de programas de formação, cursos técnicos, sessões de coachingworkshops e outras formas de aprendizagem contínua, para apoiá-los na consecução dos seus objetivos, aumentarem as suas competências e sentirem-se realizados, motivados, envolvidos e satisfeitos com o seu trabalho.

É crucial as Organizações investirem em estratégias de reconhecimento do desempenho dos seus colaboradores, seja através de práticas salariais, como por exemplo, a atribuição de uma qualquer componente de retribuição variável (e.g. prémios, bónus, incentivos comerciais), seja através de programas e mecanismos estruturados de feedback regular e contínuo. As questões salariais constituem um dos fatores com maior peso no que toca às decisões tomadas pelos colaboradores. Contudo, nem sempre é prioritário que as recompensas sejam monetárias, assumindo cada vez mais importância por parte dos Colaboradores, não só um elogio pelo trabalho efetuado, como o Salário Emocional que se tem vindo a posicionar como um must have nas empresas.

Em Portugal, muitas organizações já passaram efetivamente à ação, onde se tem verificado a adoção de programas, por parte das mesmas, que promovem o bem-estar e a felicidade dos seus colaboradores no local de trabalho. A aposta nestas estratégias traz, de facto, múltiplos retornos para as Organizações, nomeadamente no que concerne ao impacto positivo no desempenho e resultados.

O caminho a percorrer traz um conjunto de desafios e uma necessidade urgente, de promover junto das Organizações, estratégias que garantam a sensibilização, capacitação, transparência e consolidação de políticas e práticas internas de recursos humanos nestes domínios.
 


Ana Isabel Marques, Senior Manager da PwC Portugal
Ana Isabel Marques
Senior Manager
PwC Portugal
Tem 16 anos de experiência em Gestão de Recursos Humanos em Projetos na Europa, Angola e Cabo Verde.
Já trabalhou em múltiplos projetos de Estratégia de Recursos Humanos, Análise e Qualificação de Funções, Inovação Estratégica e Comunicação, Programas de Assessment de Competências, Gestão de Carreiras, Avaliação de Desempenho, Diagnóstico de Compensação e Benefícios, Clima Organizacional, Programas e Estruturas de Formação e Desenvolvimento, Suporte Operacional de RH, Levantamento de Processos e Gestão da Mudança.
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Licenciatura em Psicologia Aplicada pelo ISPA.
Certificação no Advanced Development Program, pela Nova SBE.
Certificação no Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores.
Certificação em Assessment de Personalidade e Aptidões da SHL Portugal.
Ana Rita Trigo, Senior Consultant da PwC Portugal
Ana Rita Trigo
Senior Consultant
PwC Portugal
Tem 9 anos de experiência em Gestão de Recursos Humanos, tendo iniciado a sua carreira na PwC em Novembro de 2014. Tem participado em diversos projetos de Consultoria de Recursos Humanos em Portugal, Angola e Cabo Verde, nomeadamente em projetos no âmbito da Análise e Descrição de Funções, Programas de Assessment de Competências, Avaliação e Qualificação de Funções (Metodologia Strata), Benchmark Retributivo, Desenho de Modelos de Carreira, Desenho de Modelos de Gestão e de Avaliação de Desempenho, Estudos de Clima Organizacional, Levantamento e Desenho de Processos, Processos de Recrutamento e Seleção e Programas de Outplacement.
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Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Lusófona de Lisboa.
Certificação em Assessment de Personalidade e Aptidões da SHL Portugal.
Nádia Daniela Almeida, Consultant da PwC Portugal
Nádia Daniela Almeida
Consultant
PwC Portugal
Iniciou o seu percurso na PwC em 2022, na área de Workforce, onde desempenha a função de Consultant. Tem participado na concepção e implementação de vários projetos de Gestão de Recursos Humanos em vários territórios, nomeadamente Portugal, Angola e Cabo Verde. Dos projetos integrados, são de destacar os projetos de elaboração de descritivos funcionais, qualificadores ocupacionais, estudos de clima organizacional, relatórios de Due Dilligence, e modelos integrados de gestão de capital humano.
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Pós-Graduação em Business and International Human Resources Management, pela University of the West of England.
Licenciatura em Law and Criminology, pela University of the West of England.
 


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