Gonçalo Magalhães de Almeida

Durante o meu 2º ano de faculdade, encontrava-me a frequentar o curso de Economia no ISEG, sem ter uma ideia clara sobre o que gostaria de fazer no momento de ingressar no mercado de trabalho. Com o claro receio de enveredar por algo rotineiro e monótono, juntei-me e dirigi a ISEG Junior Business Consulting (empresa júnior de consultoria, constituída por estudantes da faculdade), que não só me permitiu adquirir um conjunto de competências que de outra forma não teria adquirido, como também ter contacto com a PwC, através de um protocolo de parceria estabelecido entre ambas as organizações.

Desde esse momento, não só se tornou óbvio o que eu queria fazer no futuro, como também onde o queria fazer! Felizmente, tive a possibilidade de acompanhar de perto os estágios que se iam abrindo na PwC, tendo a oportunidade de participar com sucesso, no recrutamento de uma área que nessa altura nada me dizia, mas que até tinha um nome sexy e chamativo – Forensic Services.

A ideia de trabalhar numa área que se assemelha a um CSI do crime financeiro, converte-se na prática num conjunto de serviços que têm como objetivo apoiar os nossos clientes a prevenir, detetar e investigar crimes financeiros (ex: fraude, corrupção e branqueamento de capitais). Adicionalmente, faz ainda parte do nosso dia a dia, atuar como peritos ou técnicos financeiros em situações de disputas e litígios, implementar e operar canais de denúncias e verificarmos a integridade e reputação de terceiros que se relacionam com os nossos clientes.

Por ser uma área que lida com temas sensíveis e muitas vezes distintos de cliente para cliente, a imprevisibilidade, a exaustividade, a atenção ao detalhe e a estruturação das análises, são fatores que fazem com que a curva de aprendizagem seja longa. Por esses motivos, inicialmente não foi fácil lidar com a frustração do erro, mesmo considerando-o normal e como parte do processo de crescimento. Nessa altura, e como em muitas fases seguintes da minha carreira, a solução esteve em conseguir relativizar, melhorar continuamente e seguir em frente!

Ao fim de mais de 10 anos, o balanço tem sido extremamente positivo! Por mais preocupações que surjam da senioridade que se vai adquirindo, é bastante estimulante estar num ambiente em que somos constantemente expostos a diferentes realidades e desafios e em que estamos sempre a aprender. Um dos principais desafios atuais da minha carreira está sem dúvida relacionado com o sentido de responsabilidade em contribuir ativamente para o crescimento sustentável da atividade da minha área, num contexto de particular incerteza económica.

Por fim, mas o mais importante – as pessoas. Particularmente, numa empresa como a PwC, as pessoas são o driver para tudo o que fazemos. Posso dizer que se não tenho outra experiência profissional para comparar, muito se deve ao facto de me sentir bem num lugar em que as pessoas efetivamente são uma prioridade e o seu bem-estar emocional é valorizado.

Para quem tenha interesse pelas áreas da consultoria e auditoria, recomendo vivamente que tentem aqui a vossa sorte. Do nosso lado, cá estaremos para vos (bem) receber!

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Gonçalo Magalhães de Almeida, 
^{Forensic Services Director na PwC Portugal}