A visão dos operadores dos aeroportos tem vindo a alterar-se no sentido de se centrar mais no passageiro que nos demais stakeholders – companhias aéreas e demais operadores presentes.
A visão atual – customer centric – assenta no conceito de que é a qualidade da experiência do dia da viagem que pode fazer a diferença entre o viajante apreciar a viagem ou ter uma experiência negativa que pode afetar não só o dia da viagem como a estada no destino ou o regresso a casa.
As companhias aéreas pelo seu lado procuram que o viajante tenha a melhor experiência possível pois as más experiências, atrasos, irregularidades, entre outras, impactam a sua rentabilidade.
Uma das chaves da rentabilidade dos aeroportos e das companhias aéreas poderá ser o foco na qualidade de experiência do viajante, melhorando a mesma, criando fidelização e clientes promotores.
Neste sentido tem emergido um conceito de Smart Airport, conectado, imersivo, personalizado e multissensorial, que coloca a experiência do cliente no centro da sua operação, suportado por tecnologia e por um ecossistema de parcerias.
No entanto, uma infraestrutura como o Aeroporto não pode funcionar como uma ilha, completamente isolada, necessitando que o ecossistema no qual está integrado, a área metropolitana e a cidade, adotem o mesmo conceito de forma a que o viajante tenha a melhor experiência do destino.
A urgência de um novo aeroporto para o país e para a economia nacional agudiza-se a cada ano que passa em que o peso do turismo na economia portuguesa cresce. O estrangulamento da atual infraestrutura poderá ter implicações para o Turismo Nacional e consequentemente para a nossa economia.
A necessidade de construir de raiz um aeroporto é a ocasião para poder concretizar este novo conceito de Smart Airport, adicionando sustentabilidade a um setor tão importante para o país.