O Professor Doutor Peter Heffernan doutorou-se em Ciências Marinhas, em Galway, na Universidade Nacional da Irlanda e concluiu o Pós-Doutoramento, nos Estados Unidos, na Universidade da Geórgia, onde se tornou investigador assistente. Publicou mais de 40 artigos científicos e foi eleito membro da Academia Real Irlandesa, tendo também recebido o Prémio NUI Alumni Foundation, relativo a Ciências Naturais. Em 2017 aceitou a responsabilidade de ser Conselheiro Especial da Fundação Oceano Azul.
Desde 1993, Peter Heffernan é o Diretor Executivo do Marine Institute da Irlanda. Tem liderado o crescimento deste Instituto, tem sido instrumental no estabelecimento do Grupo de Coordenação Marítima do Governo da Irlanda e na implementação do Plano Marítimo Integrado da Irlanda. Tem agido de forma inspiradora e, como embaixador da Presidência Irlandesa da União Europeia, contribuiu para a criação da Aliança para a Pesquisa no Oceano Atlântico (AORA), que foi constituída com a assinatura, na Sede do Marine Institute, da Declaração de Galway sobre a Cooperação no Oceano Atlântico, subscrita pelo Canadá, pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América.
Desde há várias décadas que o Professor Doutor Peter Heffernan tem sido um “Embaixador dos Oceanos” na Europa e tem desempenhado um papel fundamental na diplomacia científica entre a Europa, o Canadá e os Estados Unidos da América. Os resultados do seu excelente trabalho estão a influenciar significativamente a implementação da visão integrada de desenvolvimento económico sustentável das atividades relacionadas com o mar no Atlântico Norte, com impacto nacional e internacional.
A Gelpeixe é uma empresa que se dedica à transformação, armazenamento, comercialização e distribuição de pescado há mais de 40 anos. A excelência dos produtos que comercializa e a qualidade dos processos produtivos, atestada pelas certificações ISO 9001 e ISSO 22000, assim como as parcerias que mantém com clientes e fornecedores têm permitido à empresa apresentar sustentadamente, ao longo dos anos, uma faturação acima dos 50 milhões de euros e uma boa rentabilidade, gerando valor e emprego para o país.
Uma das marcas da gestão desta empresa de raiz familiar, que tem na sua liderança o Senhor Comendador Manuel Tarré, é a excelência das condições de trabalho que proporciona aos seus 180 trabalhadores, o que tem permitido reter o melhor talento que existe no setor. Neste contexto, a Gelpeixe tem ganho ao longo do tempo vários prémios relativos às condições de trabalho.
É de registar também a participação ativa da Gelpeixe em várias atividades de promoção da Fileira do Pescado, em Portugal e a nível internacional, contribuindo fortemente para o reforço da cooperação na economia do mar.
A Gelpeixe tem sido fundamental na criação de valor para o país o no desenvolvimento do crescimento azul nacional.
A Rede Nacional da Cultura dos Mares e dos Rios, que teve a sua origem em maio de 2002 através de um manifesto de um grupo de cidadãos portugueses preocupado com a prioridade de salvaguarda e valorização do património marítimo (Declaração da Nazaré), vem assumindo um papel fundamental na promoção das culturas marítimas em Portugal.
Começou por se chamar Rede de Cultura do Mar, evoluiu para Rede Nacional de Cultura do Mar para acolher o conceito de constelação de redes locais e a sua construção ascendente e atualmente tem a denominação de Rede Nacional da Cultura dos Mares e dos Rios para atender à vasta pluralidade ribeirinha. Desde a sua origem a Rede aposta na singular diversidade patrimonial, cultural e identitária das nossas comunidades locais, promovendo em favor deste ativo a cooperação entre regiões, entre municípios, entre entidades relacionadas com as culturas costeiras e entre cidadãos, conducente a iniciativas integradas de origem local associadas ao desenvolvimento azul, com alcance nacional. Os encontros que tem realizado são sempre bastante participados e vivos, produzindo importantes avanços na valorização, preservação e divulgação da realidade local e do respetivo contexto patrimonial, contribuindo o seu conhecimento para a educação ambiental, o enriquecimento da cultura científica, a consciencialização cívica e a criação de ambientes de literacia ribeirinha; merecem destaque, como suas imagens de marca identitárias, as embarcações tradicionais navegantes como polos de escolas de mar, além das paisagens culturais costeiras, como é o caso da cultura sargaceira.
Sendo atualmente presidida pelo Município de Esposende, o início da sua itinerância transcomunitária em 2011 muito deve à decisiva iniciativa do Município da Póvoa de Varzim e, no seu lançamento em 2004, esta Rede contou com entidades de cidades como Nazaré, Olhão e Póvoa de Varzim e os seus Municípios, Aveiro, Ericeira, Ílhavo, Lisboa, Peniche e Porto, além de associações de defesa do património marítimo e ribeirinho, museus, bibliotecas e outros organismos públicos, investigadores, representantes de entidades associadas à fileira das pescas e cidadãos. A Sociedade de Geografia de Lisboa, representada pelo Senhor Contra-Almirante José Bastos Saldanha, tem desempenhado um papel chave na dinamização deste projeto de excelência que contribui para unir, de forma exemplar, a sociedade Portuguesa em torno do seu património marítimo e da respetiva preservação e salvaguarda.
A Fundação Fernando Henrique Cardoso, constituída em 2010, é a herdeira do Instituto criado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso com o objetivo de organizar e disponibilizar os seus arquivos públicos e ser um espaço de debate sobre assuntos relevantes para o Brasil e para os seus parceiros internacionais.
Desde a sua constituição, a Fundação tem estado bastante ativa e dinâmica na prossecução do seu propósito, realizando debates e colóquios sobre diversos temas políticos, económicos e sociais do Brasil, com impacto interno e externo. O reforço da cooperação entre entidades brasileiras e de outros países, particularmente, da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa tem sido um desígnio no qual tem apostado.
A Fundação Fernando Henrique Cardoso foi uma das primeiras entidades do Brasil a debater em profundidade e de forma transversal os temas da economia do mar e do crescimento azul. No ano de 2016, realizou a conferência “A Economia do Mar: Desafios ao Desenvolvimento Sustentável do Brasil”, reunindo os melhores especialistas em assuntos do mar de todos os estados do Brasil, marcando de formar exemplar o caminho de cooperação que é necessário fazer para ter sucesso no crescimento azul. Dando sequência ao trabalho iniciado em 2016, em 2017, a Fundação convida a Ministra do Mar de Portugal para debater as estratégias dos dois países para o mar, abrindo caminho para o reforço da cooperação e do diálogo entre países da CPLP através da Economia do Mar.
O excelente e inspirador exemplo de cooperação protagonizado pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, em relação à Economia do Mar do Brasil, tem impacto no conjunto dos estados do Brasil, mas também em todo o Atlântico Sul e nos Países da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa.
Fundado em 1938, o Clube Naval de Cascais está a celebrar o seu 80º aniversário, cheio de motivos para festejar. Desde o seu nascimento, assumiu um papel de relevo no desenvolvimento dos desportos náuticos em Portugal, com especial destaque na Vela, tornando-se num dos Clubes Náuticos mais prestigiados em Portugal e na Europa. Na vela, o seu historial desportivo é excecional, tendo conseguido gerar cerca de metade das presenças de velejadores portugueses em Jogos Olímpicos. Tem uma das maiores escolas de Vela do País, que forma cerca de 600 velejadores por ano, com uma diversidade de níveis de aprendizagem nas várias classes e com um elevado grau de flexibilidade relativamente a faixas etárias. Para além da excelente dinâmica na organização de vários campeonatos e provas nacionais e internacionais, o Clube Naval de Cascais é detentor de um projeto pioneiro “O Projecto Vela sem Limites”, que possibilita às pessoas com deficiência a prática de uma modalidade Náutica. A excelência do seu contributo para o desenvolvimento dos desportos náuticos em Portugal foi reconhecida, em 2013, por sua Excelência O Presidente da República com a atribuição do título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
O Instituto Hidrográfico tem como missão fundamental assegurar atividades relacionadas com as ciências e técnicas do mar, tendo em vista a sua aplicação na área militar, e contribuir para o desenvolvimento do País nas áreas científica e de defesa do ambiente marinho, de forma multidisciplinar. Este Instituto é um órgão da Marinha Portuguesa, criado em 1960, cujas fundações remontam ao tempo dos descobrimentos, e tem-se afirmado pela qualidade das suas investigações científicas, dos seus produtos e dos serviços que disponibiliza. Esta afirmação suporta-se no reconhecimento externo, dado através da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, nas áreas chave para o exercício da sua missão e no empenho diário que coloca na prossecução da melhoria dos serviços. A hidrografia, a oceanografia, a segurança da navegação, a geologia e a química marinhas são, desde sempre, temas em que o Instituto Hidrográfico é uma referência nacional e internacional. Utilizando meios náuticos próprios e os quatro navios hidro-oceanográficos da Marinha, equipados com diversos equipamentos científicos, o Instituto Hidrográfico tem sido um ator chave no conhecimento dos oceanos e em particular dos fundos marinhos em Portugal, dando um importante contribuindo para os trabalhos que sustentam a proposta nacional de extensão da plataforma continental.
A Fundação Rebikoff-Niggeler é uma Fundação sem fins lucrativos que tem como missão principal a documentação da fauna e habitas de elevada profundidade do mar dos Açores, com o objetivo de os proteger, conhecer e valorizar. Os diretores da Fundação, Kirsten Jakobsen e Joachim Jakobsen, são também os realizadores de documentários sobre a vida subaquática a grande profundidade e são os tripulantes do submarino LULA1000. Este submarino consegue levar três tripulantes em missões até 1000 metros de profundidade, permitindo uma excelente capacidade de observação in situ, devido à sua vigia esférica de grande dimensão. O LULA 1000 é um veículo inovador e o único submersível tripulado, de profundidade extrema, a operar em Portugal. Em todo o mundo, apenas 10 submersíveis tripulados científicos conseguem atingir os 1000 metros de profundidade. As mais de 1000 horas de vídeo, sobre fauna e habitats do mar profundo dos Açores, já gravadas, têm sido um contributo fundamental para o registo e preservação dos habitats marinhos de elevada profundidade.