Todas as empresas geram informação!
Os gestores tomam decisões com base em informação, muitas vezes obtida através de múltiplas fontes de dados, mas quantas empresas estruturam e contextualizam devidamente os dados recolhidos para que estes possam servir de fundamento para uma tomada de decisão mais informada? Quantos decisores aceitam que toda a informação disponível à distância de um clique reflete essencialmente eventos passados, continuando a ser muito difícil prever o futuro?
Serão as métricas a chave? É óbvio que as métricas são uma parte importante dos modelos de negócio atuais. Utilizamos métricas para reportar o status, o risco, a qualidade, etc…mas serão estas o principal estímulo para a tomada de decisão? Não acreditamos nesta ideia. As métricas são, sem dúvida, um importante ponto de partida, uma base para fazer as perguntas certas, para investigar um pouco mais através da relativização de conceitos abstratos. A partir de uma análise das métricas certas estamos mais habilitados a compreender eventos passados, o que nos ajuda a construir modelos preditivos e, com base neles, a tomar melhores decisões.
Saber capitalizar a economia digital para otimizar processos Vivemos hoje num mundo em que dispor da informação adequada no momento certo é uma condição imprescindível para gerir eficazmente qualquer negócio. Um bom modelo de governação deverá, pois, garantir que a informação necessária está sempre disponível, eliminando práticas e processos que contribuam para o overload ou condicionamento da informação.
No presente estudo, tomamos consciência que uma elevada percentagem de empresas industriais estão já a converter os seus processos e os seus recursos para as novas tecnologias digitais (data analytics & big data, cloud computing, impressão 3D, robótica, internet of things, etc…). Tudo indica que as fábricas estão a ficar cada vez mais inteligentes!
A maioria das empresas industriais está hoje bastante atenta ao potencial que poderá resultar do processo de digitalização do seu modelo de negócio. Este novo paradigma já entrou na agenda das comissões executivas que procuram identificar aqui novas oportunidades para diversificar mercados e aumentar receitas.
Sendo inegáveis as vantagens decorrentes de novos modelos de negócio baseados na digitalização da economia, as empresas que limitam a aplicação destas novas tecnologias a uma “mera” redefinição da oferta de produtos e serviços estão a cometer um erro de avaliação. Estas novas ferramentas tecnológicas também estão disponíveis para transformar as operações em toda a cadeia de valor, aumentando a rapidez de execução, a eficiência, a fiabilidade e a flexibilidade, tornando as empresas mais ágeis.
Na economia digital, o cliente assume uma nova centralidade, aceitando partilhar informação sobre si, mas exigindo em troca personalização e disponibilidade imediata. Esta transformação da relação entre oferta e procura é irreversível e tem estado na génese de várias empresas que vieram alterar, por vezes de forma radical, alguns dos setores tradicionais da economia.
As empresas (industriais ou não) que queiram sobreviver e, entretanto, aproveitar as vantagens destas novas ferramentas, devem melhorar as suas competências digitais e, a curto prazo, serão forçadas a investir em projetos de digitalização dos seus modelos de negócio, seja atuando no portefólio de produtos ou processos, nos modelos de distribuição ou na otimização dos seus processos internos, sob pena de serem ultrapassadas por novos players, mais preparados digitalmente e com maior capacidade de adaptação a um mundo globalizado e digitalmente interconectado.
"Na economia digital, o cliente assume uma nova centralidade, aceitando partilhar informação sobre si, mas exigindo em troca personalização e disponibilidade imediata. Esta transformação da relação entre oferta e procura é irreversível e tem estado na génese de várias empresas que vieram alterar, por vezes de forma radical, alguns dos setores tradicionais da economia."