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A “Momento Económico”, enquanto Thought Leadership de economia, tem como objetivo ser uma publicação de referência, que o ajudará a manter-se informado sobre as perspetivas evolutivas da economia nacional e das grandes tendências globais.
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“Plan for the future, make decisions and measure your impact.”
“Em tempos de incerteza, com este Momento Económico, pretendemos incluir maior clareza nas suas decisões.”
Momento Económico | 2024 – 4.º Trimestre
As estimativas mais recentes apontam para um crescimento da economia portuguesa de 1.7% em 2024, 0.8 p.p. acima da média da UE. Apontando, as projeções atuais para uma aceleração do crescimento da economia nacional nos próximos anos.
O Banco de Portugal, nas projeções divulgadas em dezembro, prevê um crescimento da economia portuguesa de 1.7% em 2024 e uma aceleração em 2025 e 2026, com um crescimento de 2.2%, suportado pelo consumo privado e pelo investimento.
No início do 4.º trimestre de 2024, Mario Draghi publicou o “The future of European competitiveness”, que define uma estratégia para a UE assente em 3 grandes áreas de ação para a promoção do crescimento (1. Closing the innovation gap; 2. Plano conjunto para a descarbonização e a competitividade e 3. Aumentar a segurança e reduzir a dependência externa). No relatório, o autor identifica também 10 setores económicos prioritários.
Para além disso, o 4.º trimestre de 2024 ficou marcado pela aprovação do Orçamento de Estado para 2025 e das Grandes Opções para 2024-2028, cujos objetivos incluem a dinamização da economia nacional e da competitividade das empresas em Portugal.
Principais temas económicos da atualidade:
Eleição de Trump e o aumento de políticas protecionistas
A recente eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos da América marca uma alteração no contexto geopolítico mundial, com consequências para as economias de todo o mundo. A entrada da nova presidência trará um aumento das tarifas aos países que exportam para os EUA, tendo sido já anunciado pelo novo presidente um conjunto de taxas a serem aplicadas aos países com os quais os EUA têm um défice comercial. Entre os mais afetados por esta decisão estão a China e a União Europeia, que mantêm importantes relações comerciais com os EUA.
Desvalorização do Euro face ao Dólar
Ao longo das últimas semanas assistiu-se a uma depreciação substancial da cotação do Euro face ao Dólar. Este aumento da depreciação surge no seguimento da confirmação da eleição de Donald Trump, como presidente dos EUA, que aumentou a incerteza internacional e os diferenciais das taxas de juro devido às expectativas de uma política orçamental mais expansiva nos EUA, o que contribuiu para reduzir a atratividade da Zona Euro para os investidores internacionais. Apesar de não se esperar uma maior depreciação do Euro, uma rápida recuperação será difícil.
Acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul
A União Europeia e o Mercosul anunciaram ter chegado a acordo no passado dia 6 de dezembro para a criação de um acordo comercial entre as duas zonas económicas. O acordo estabelece as condições para a troca livre de bens entre os países da Mercosul, nomeadamente, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, e a UE. No caso de Portugal, este acordo deverá beneficiar as empresas portuguesas, em particular, do setor agrícola e alimentar, dadas as elevadas taxas alfandegárias a que alguns destes produtos estão sujeitos e o mercado potencial dos países do Mercosul. A entrada em vigor do acordo está dependente da aprovação do Conselho e do Parlamento Europeu.
Impacto da guerra no Médio Oriente no preço do petróleo
Apesar da tensão no Médio Oriente e da queda do regime sírio, o impacto no preço do petróleo tem sido limitado. O preço do petróleo tem permanecido abaixo dos 80 dólares por barril (Brent), sendo que os efeitos da crise geopolítica têm sido atenuados pelos aumentos de produção dos EUA e dos países da OPEP+. Os analistas estão confiantes de que a possibilidade de se assistir a um alastrar da instabilidade que conduza a uma perturbação significativa da oferta de petróleo é reduzida. Adicionalmente, as expectativas de fraca procura global de petróleo, especialmente na China, têm pressionado os preços em baixa.
Novas medidas do Governo Chinês para fomentar o crescimento económico
A China anunciou um conjunto de novas medidas que visam apoiar o crescimento económico do país. Apesar da revisão em baixa do FMI em relação à previsão da taxa de crescimento económico da China para 2024 (de 5% para 4,8%), o PIB do terceiro trimestre do ano superou as expectativas e cresceu 4.6%. É neste contexto que surgem as novas medidas de estímulo económico, que incluem um plano de investimento público e uma de emissão de dívida de USD 284.43 mil milhões. Adicionalmente, as novas medidas visam impulsionar o comércio externo do país, em particular, a exportação de produtos agrícolas, em resposta à ameaça de Donald Trump em impor tarifas superiores a 60% sobre todos os produtos chineses.
Impacto económico do Campeonato do Mundo de Futebol 2030
No passado dia 11 de dezembro a FIFA anunciou oficialmente a Portugal, Espanha e Marrocos a organização do Mundial FIFA 2030TM. A organização do Mundial FIFA 2030TM terá um impacto de mais de € 800 milhões no PIB português e envolverá 20 mil empregos. Esta foi a conclusão do estudo conduzido pela PwC Portugal para a Federação Portuguesa de Futebol para estimar o impacto económico do Campeonato do Mundo de 2030. Segundo as conclusões deste estudo, prevê-se que o Mundial deixe um legado duradouro na marca "Portugal", no turismo, na qualidade de emprego, na coesão social, na saúde das pessoas e nas relações internacionais do país.
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